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Crescimento da energia limpa no País depende do Governo, diz estudo da UFF - 21/12/2018

Geraldo Tavares, professor da UFF, destacou que o Rio de Janeiro passou de segundo lugar para sétimo no ranking de potência instalada de energia renovável

A Universidade Federal Fluminense (UFF) estuda como aumentar a geração de energia renovável na matriz energética brasileira. Diante de algumas barreiras, a principal é o aval do Governo. Segundo Geraldo Tavares, professor da UFF, o Rio de Janeiro, por exemplo, que segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) representava o segundo Estado do País em potência instalada de energia limpa, agora, está em sétimo lugar.

“Em 2015, após três anos da Aneel criar portaria 482 instituiu-se uma política de incentivo à energia solar no Rio de Janeiro, mas o Governo passou por um período conturbado e a lei não “pegou”. Hoje, o Estado tem apenas 20 MW de potência instalada de energia fotovoltaica”, destacou.

Minas Gerais é o primeiro Estado no ranking da Aneel, com 100 MW de potência instalada de fonte limpa. “Em Belo Horizonte, por exemplo, onde faz bastante sol, o governo tirou IPTU de todas as casas que usassem energia fotovoltaica. Esse incentivo está correta e bem sucedido”, disse.

O professor explicou ainda que impostos e taxas representam 40% do custo de energia no Brasil. “Diante disso, quem pode fazer mudanças e criar leis para o incentivo às renováveis é o Governo. Todas as energias são caras, o que existe são os subsídios que o Governo oferece”, reforçou.

Segundo ele, a pressão da sociedade é uma forma de fazer o Governo criar alternativas ao incentivo da energia limpa. “Uma vantagem percebida é que as tecnologias estão reduzindo muito o preço desse tipo de energia e, por isso, acredito que daqui a algum tempo não dependerá muito de subsídio para crescer no mercado”, explicou.

O professor salientou que a preocupação com as visíveis mudanças climáticas e com meio ambiente, além da questão do menor custo, tornam as renováveis cada vez mais consolidadas no mundo.

 

Fonte portal Setor Elétrico
https://bit.ly/2CJKnYk
Dezembro/2018